
Um dia o sol risonho fez você brotar como simples plantinha na imensidão de um jardim de pedras lapidadas.
Mas você não se importou, e buscou naquele cantinho de areia, o suficiente para se alimentar de amor e beleza e encher de pureza os olhos de quem por ali passasse.
Balançou com o vento que não lhe vinha direto, e sim por coincidência.
Matou a angustia e alegrou aquele cantinho de quintal.
-Vou ser flor alta, mais alta que este muro, para que pessoas tristes da rua também possam me ver e me escutar no meu contagiante silencio.
E foi, amou e chorou com tristezas que lhe impunham!
-Por que não se amam, como eu os amo?
Entristeceu e se envergou. Já não via mais aquele povo, morreu. Mas o amor que cultivou brotou nas sementes, para que linda flor nascesse... de novo...